Arquivo para Beatles

ZoomBeatles – The Best Cover of Beatles!

Posted in Bandas Comentadas, Shows with tags , , , , , on 11 de maio de 2010 by Sergio Contri

Hey Hey Hey!

Sábado agora [dia 8] eu, Sérgio e o Gustavo, fomos ver na Biblioteca Cassiano Ricardo [Tatuapé] a banda ZoomBeatles. Não era nossa intenção fazer a matéria mas depois de perceber que os 3 estavam lá e o quão importante essa data é para a música chegamos a conclusão que iria ser interessante ter uma matéria como essa no blog.

Fizemos uma entrevista com eles por isso não vou falar muito.

Quero agradecer a Muriel que me deu a dica do Zoom Beatles, e ao senhor Roberto Otto que ficou ao meu lado e nos encorajou a fazer a matéria além de cantar todas as músicas!

Sem mais delongas: ZoomBeatles.

– R. Makaron

Faço das palavras do R. Makaron as minhas palavras e acrescento uma coisa, essa é a melhor banda de cover do Beatles que eu já vi na minha vida. Os caras tocam as músicas perfeitamente e de um jeito limpo, sem inventar nada!

A ZoomBeatles é formada por Anderson Ambrifi (John Lennon), Reinaldo Almeida (Paul McCartney), Rony Almeida (George Harrison), Thiago Colli (Ringo Starr) e Helton Oliveira (George Martin, Billy Preston e demais arranjos adicionais). E posso dizer uma coisa sobre todos eles, os caras mandam muito e sabem tocar todos os instrumentos, isso que faz deles uma banda boa de se ouvir.

–  Sérgio Contri

Como o R.Makaron falou, nós fizemos uma pequena entrevista com eles para descobrir mais um pouco sobre a banda e da onde surgiu esse nome, pois todos nós estamos curiosos para saber isso!

ZoomBeatles

AAR(All About Rock) – Como surgiu o nome ZoomBeatles?


Reinaldo(Paul MacCartney) – Bom,eu fiz um desenho onde os Beatles emergiam da terra assim como zumbis mesmo, a primeira ideia foi uma brincadeira, aí nós duplicamos o “o” e ficou Zoom,e adotou o nome nesse sentido de foco, de focar o trabalho dos Beatles mesmo, é mais ou menos isso o  sentido do nome.

AAR – A banda é formado a quanto tempo?


Reinaldo – A banda é formada à 10 anos, desde 99, quase 11 anos.

AAR – Assim, dentre essas várias bandas, muitas mudaram o jeito das pessoas tocarem, por exemplo Rolling Stone, o Bob Dylan, então, por que o Beatles?


Reinaldo – Porque eu acho que Beatles, musicalmente eles introduziram elementos musicais no Rock’n Roll que foi a coisa mais inovadora que aconteceu na música no século passado e que vai ficar, são uma espécie de Beethoven, que daqui alguns séculos todos vão lembrar. Eles conseguem atingir vários tipos de público sem ser piegas, consegue atingí-los fazendo arte, as melodias são coisas insuperáveis, tantos as do Paul quanto as do John, isso foi o que determinou o sucesso deles.

AAR – A banda ZoomBeatles é a mesma desde o começo ou ocorreram algumas mudanças?


Reinaldo – Houve duas mudanças, eu, o Roni e o Anderson estamos desde o começo, no começo era outro baterista e o Thiago entrou substituindo ele e a uns 4, 5 anos mais ou menos a gente colocou o Elton para complementar, para executar músicas que a gente não conseguia ao vivo, pela ausência de sintetizadores e teclados.

AAR – Como foi tocar na Inglaterra? Pelo que falaram no início do show, deve ter sido super emocionante.


Reinaldo – Cara, com certeza. A gente ficou meio bobo, não caiu nossa ficha direito, foi uma experiência inesquecível e a gente só se deu conta depois que passou, na verdade, foi muito legal lógico estar lá, mas a gente ficou meio anestesiado de estar naquele ambiente, a gente fez um tour por lá e conheceu a casa dos caras, Penny Lane, foi muito emocionante, aqueles caras que ganharam o mundo sairam daqui, é uma coisa que vou levar pra minha vida toda.

AAR – Assim, vocês tocaram o disco Let it Be inteiro e mais alguns
extras, e qual a música que você mais gosta de tocar?


Reinaldo – É difícil, acho que é questão de fase. Eu diria assim, que
as músicas que permitem a gente mostrar a parte individual de cada um, eu gosto de My Life, que na verdade o John canta, mas especialmente aquelas que você consegue chegar perto do seu ídolo, que gera expectativa no público.

AAR – Essa ideia do figurino surgiu como?


Reinaldo – É uma prática padrão das bandas que fazem cover do Beatles, quando a gente começou a gente só tinha o terno que eles usavam na primeira fase, até porque já era uma exigência do público. O nosso primeiro show foi sem figurino e a pessoas que nos contratou falou para nós usarmos o figurino que ia ficar mais legal, aí a gente fez o terninho e o outros figurino. A gente já chegou a até perder show por isso, pois a pessoa perguntava se a gente trocava de figurino durante o show e a gente não faz isso.

Bom, é isso, nosso blog recomenda essa banda, tenho certeza que até o cara que não curte muito Beatles vai começar a gostar depois de ouvir ZoomBeatles.

Quem quiser conhecer um pouco mais sobre a banda, saber datas de shows e contratá-los o site deles é esse http://www.zoombeatles.com.br/

No site você também encontra vídeos e fotos da banda! Não deixem de acessar o site hein cambada!

LONG LIVE TO THE ROCK AND TO THE BEATLES!

40 Anos de Let it be

Posted in Bandas Comentadas, Gêneros Musicais, R.I.P. with tags , on 10 de maio de 2010 by Ricardo Makaron

Antes de começar quero desejar a todas as mães de todos os roqueiros do mundo um feliz dia das mães pq aguentar roqueiro pedindo R$ pra ir em shows é foda!!

Hey folks?!

Como todos sabem [se não sabem fiquem sabendo] que no dia 8 de maio de 1970 foi lançado o último album dos beatles!

Diferente dos 40 anos do 1ª album de heavy metal, não vou fazer uma postagem gigante nem falar da bio da banda, vou colocar quais eram as faixas e curiosidades sobre elas, here we go, fellas!

Let it be

Let it be

Curiosidades sobre as músicas

Two Of Us: O início, “‘I Dig a Pygmy’, by Charles Hawtrey and the Deaf Aids… Phase One, in which Doris gets her oats!”. “Deaf Aids” era o apelido de seus amplificadores. Música simples feita por Paul em referência a sua esposa Linda Eastman. Mostra um lado não visto há muito tempo nos Beatles: um dueto em perfeita harmonia e sintonia entre Paul e John que lembrava o começo dos Beatles, com a crescente amizade entre eles.
Dig a Pony: Música com ótima construção musical e letra composta por John (que achava essa música um lixo), já trazendo sua nova filosofia de vida que basicamente diz que “você pode fazer o que quiser”, e no final dizendo para Yoko: “All I want is you”.

Across the Universe: foi composta por John Lennon nos tempos que passou no retiro espiritual de Maharishi Mahesh Yogi em Rishikesh, Índia em 1968. A primeira versão contou com um coro feminino de duas fãs que estavam na frente do estúdio em Abbey Road naquele dia. Uma delas era a garota brasileira Lizzie Bravo. George compôs e gravou uma música em homenagem a elas, Apple Scrufs, em 1970.
John tomou emprestado a expressão que os discípulos de Maharishi usavam frequentemente: “Jai guru deva. Om.” Que significa algo como “Vida longa, guru Dev.” A frase: “Thoughts meander like a restless wind inside a letter Box/They tumble blindly as they make their way across the universe” traduzida como: Pensamentos se movem como um vento incansável dentro de uma caixa de correio/Elas tropeçam cegamente enquanto fazem seu caminho pelo universo”, se remete ao fato de Yoko Ono estar enchendo a caixa de correios de John com cartões postais(alguns escritos com seu próprio sangue), mesmo ele ainda sendo casado com Cynthia Powell. “Across the Universe” também foi regravada pelo cantor britânico David Bowie com a participação de John Lennon, atualmente saiu um filme com esse nome e também com artistas cantando músicas dos beatles na trilha sonora.

I Me Mine: A última canção gravada pelos Beatles (sem John Lennon) foi essa de George Harrison, em 3 de Janeiro de 1970. A letra é uma crítica ao egoísmo humano e o sentimento de individualismo e guerra de egos presente no grupo naquele momento, “I Me Mine”, expressão traduzida: “Eu sou mais eu”.

Dig It: Música creditada por todos os Beatles e salva por Phil Spector dos tapes perdidos, mais parecendo um bottleg. Na música John cita o refrão de Bob Dylan: “Like A Rolling Stone” e também a CIA, o FBI, a BBC, o bluesman B.B King, a atriz e cantora Doris Day e o jogador de futebol escocês Matt Busby, seguido das palavras “Enterre-o”.

Let It Be: Escrito por Paul em homenagem a sua mãe. Na música ele diz: “Mother Mary comes to me” parecendo algo Católico ou Cristão (Ave Maria), mas na verdade foi feito pensando em sua mãe Mary McCartney vítima de um câncer, que o abalou profundamente quando era criança. Ele sonhou com ela vindo em sua direção e dizendo Let it be, algo como “deixa estar” ou “vai ficar tudo bem” e quando acordou, já estava com a melodia da música na cabeça. A música existe em duas versões do solo do George Harrison. Sem contar uma versão do álbum “Let It Be…Naked”. John Lennon toca baixo nessa canção.

Maggie Mae: Creditada por todos os Beatles, contando um caso de uma prostituta que roubava lojas, é uma tradicional música folk da cidade de Liverpool. A música lembra os folks americanos, e foi gravado apenas 41 segundos de música, mas era mais extensa segundo Lennon.

I’ve Got a Feeling: Música claramente escrita por Paul para Linda Eastman. Com a fusão de uma música inacabada de John, “Everybody Had a Hard Year”(John tinha tido um ano difícil mesmo, com sua separação, o afastamente de seu filho Julian, as complicações com os Beatles e a Apple e a não aceitação da Yoko pelos membros da banda.) e foi também usando o riff de outra música incompleta de John, “Watching Rainbows”.

One After 909: Foi composta por John e Paul quando estes ainda eram adolescentes no quarto de John em Liverpool, nessa época escreveram também “I Call Your Name”. A canção foi inspirada em músicas do Chuck Berry como “Maybeline” e é um R&B direto e uma letra engraçada sobre uma garota que passa o cara para trás dando o endereço errado do trem que ela vai pegar. Foi gravada especialmente para o projeto Get Back.

The Long And Winding Road: Foi composta por Paul em sua fazenda na Escócia. Ele se imaginou como Ray Charles e escreveu o que se passava na sua cabeça em relação aos Beatles e a situação em que se encontravam. Como dito antes, Paul não gostou do produto final dessa música, odiou o fato de “terem mexido em sua música sem seu consentimento” e pediu para “refazerem a música” tendo seu pedido negado, possivelmente criando a ruptura final entre eles. Só em 2003 quando lançou “Let It Be…Naked”, fez a versão do seu gosto. John Lennon toca baixo nessa canção, mas foi editada por conter muitos erros.

For You Blue: Lado B do compacto de “The Long And Winding Road”, escrita por George Harrison que canta e toca uma espécie de banjo ou craviola adquirido na Índia. John Lennon toca um “Lap Steel Guitar” ao estilo do blues com uma ressonância incrível na guitarra e durante a música é possível ouvir Harrison dizendo: “GO, Johhny, GO” e ““Elmore James got nothing on this, baby”, se referindo a música de inspiração, “Madison Blues” de Elmore James. Em 29 de novembro de 2002, Paul cantou essa música no “Concert for George”, um show em memória ao primeiro aniversário de morte de Harrison.

Get Back: Paul compôs as melodias durante os ensaios em Twickenham, antes de entrar no Estúdio da Apple, o que atraiu a atenção de John a trabalhar na letra, que a princípio usou como tema o ódio e o preconceito da Inglaterra e o “National Front”, com os imigrantes paquistaneses. Algumas frases traduzidas compostas por Lennon: “Enquanto isso, lá, montes de paquistaneses/Vivem em um conjunto habitacional/Conte-me qual é o seu plano, candidato Macmillian/Não me dirá como está”. Mas isso foi abandonado na última hora, porque eles ficaram com receio de serem mal interpretados pelo Paquistão. Em entrevistas posteriores George Harrison disse que Paul cantava o refrão nos ensaios com um olhar “esquartejador” para Yoko Ono: “Get back to where you once belonged” ou “Volte para o lugar de onde você veio”. Ao final da música Get Back, Paul agradece os aplausos de Maureen, esposa de Ringo (Thanks, Mo!) e John tem a palavra final por alguns segundos: – Eu gostaria de agradecer a todos em nome do grupo, e espero que passemos na audição!


Espero que tenham gostado!

Long live ….THE BEATLES!

R. Makaron

Rock Progressivo – Vamos saber um pouco mais!

Posted in Gêneros Musicais with tags , , , , , , , on 3 de março de 2010 by Sergio Contri

Hey Hey Hey!


Hoje vou falar do Rock Progressivo, ou, simplesmente progressivo (como um adjetivo para designar quase todo tipo de música): esta, talvez, seja a expressão mais significativa dos anos 60 e, provavelmente, sua contribuição mais durável para a música de hoje. Quem criou o termo ou empregou-o pela primeira vez é impossível dizer. O único fato sabido é que ele surgiu na metade da década de 60, exatamente no perído em que surgia a coisa a ser por ele designada: o psicodelismo, a experimentação, o rock como forma musical distinta do rock ‘n roll e do pop.

De fato, para os brasileiros, rock e rock progressivo são, praticamente, a mesma coisa, apesar que o pensamento está mudando muito de um tempo pra cá. A quase totalidade da informação musical rock que chegou ao Brasil e informou músicos e platéia é composta de rock progressivo do fim dos anos 60. Para ingleses e americanos, é fácil distinguir o que é rock ‘n roll e o que é pop. São todos fenômenos oriundo, espontâneamente, de sua vida cultural, alimentados por uma série de pontos de referência. Mas, hoje, nós, brasileiros, também temos mais facilidade para distinguir isto, pois somos bombardeado de informação pelos produtos das companhias fonográficas internacionais.

Emerson, Lake and Palmer.

A expressão rock progressivo designa um conjunto de ideias que se cristalizaram a partir do modo de viver de setores da juventude de classe média, inglesa e americana, na década de 60. Essas ideias são, em grandes linhas, as seguintes: 1ª) a música produzida e consumida por essa juventude seria um fenômeno em permanente evolução, ampliando formas, sons, conceitos, misturando e experimentando tudo o que estivesse ao alcance; 2ª) dessa forma, essa música não seria apenas entretenimento, mas uma expressão da realidade e dos anseios de seus produtores/consumidores, em outras palavras, seria arte; 3ª) os artistas que fizessem essa música deveriam estar, como ela, em permanente evoulução, fazendo obras sempre distintas umas das outras e, implicitamente, de maior qualidade, sempre; 4ª) subjacente a tudo isso, estaria claro que música e músicos estavam evoluindo para algum lugar, ou seja, a música não se resolvia nela mesma, mas aspirava nela mesma, mas aspirava uma transcendência, um chegar-a-algum-lugar. Isso tudo numa só palavra: PROGRESSIVO!

Bob Dylan

Todas essas noções eram desconhecidas no mercado da música de massa (pop music) até então. (O jazz, está claro, já se ocupava disso há tempos, mas ele era uma corrente paralela, embora não isolada do mercado de massa). O rock ‘n roll, que seria o material básico na construção do rock progressivo, ignorava qualquer um desses conceitos. Artistas não mudavam de repertório ou imagem sob pena de perderem suas plateias. Se o faziam, era justamente obedecendo a injunções comerciais. Elvis Presley, por exemplo, descobriu que era mais interessante e lucrativo cantar para garotos e seus pais, daí a profusão de baladas que marcaram o trecho final de sua carreira.
O primeiro artista a desafiar essas noções estabelecidas e preparar o terreno para o progressivo foi Bob Dylan. Dylan surgiu como um cantor Folk, passou a bordo do protesto, incorporou instrumentos elétricos e o rock voltou às raízes country sem avisar oy consultar ninguém. E, mesmo sofrendo no início críticas e até vaias, acabou criando uma plateia imensa e diversificada, reunindo e transcendendo todos esses gostos musicais, tornando-se um dos maiores ícones da história musical.

Mas o Rock Progressivo só surgiu mesmo a partir de 1965, com a colaboração, em partes iguais, da cena flower-power da Califórnia e do psicodelismo inglês dos Beatles. O ponto de contato dessas duas correntes está em 1967, no LP Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Nesse álbum estavam expressas, com clareza, todas as ideias que fundamentam o conceito de “música em progresso”, ou seja, rock progressivo. Basicamente, não era só um produto de vinyl, um objeto de consumo, uma curtição para divertir: era uma obra de arte, concebida como tal e destinada a expressar o pensamento e os anseios de uma plateia em potencial!

Raul Seixas

No Brasil, cerca de 90% da geração de músicos e compositores que se diz influenciada pelo rock é, na verdade, informada por rock progressivo. Talvez apenas Raul Seixas, Erasmo Carlos, Made In Brazil e Rita Lee guardem em sua música resquícios do rock ‘n roll original, da música pop e da música negra que compõem as demais vertentes do rock. O restante do cenário que se auto-intitula de rock brasileiro é, em última análise, bandas com um conhecimento defasado do ambiente progressivo americano e inglês. Aqui, o termo rock se tornou, via de regra, sinônimo único e exclusivo do rock progressivo, e isto se explica pela própria formação dos músicos, pessoas de classe média que descobriram o rock via Beatles (de 67/68), Cream, Hendrix, Led Zeppelin e Yes. É também interessante notar que, à semelhança do que ocorre na América e na Inglaterra, os jovens de classe média das cidades brasileiras, quando escolhem algum ritmo estrangeiro para sua preferência, a maioria fica sempre com o rock ‘n roll pesado.

Amanhã o R. Makaron irá postar uma matéria sobre o Rock Progressivo Brasileiro, e você saberá um pouco mais sobre uma banda que faz esse som. Espero que as bandas que fazem Rock Progressivo aqui no Brasil apareçam mais no cenário musical, chega dessas bandinhas repletas de viados. CHEGA!

Para finalizar, fique com uma bela música progressiva:

Emerson, Lake and Palmer – Hoedown


LONG LIVE TO THE ROCK!